domingo, 14 de agosto de 2011

Reunião entre estudantes grevistas e Reitoria UFPR

Nenhuma proposta apresentada para as pautas estudantis



 
Quinta feira dia 11 de agosto às 17:30h, a comissão de negociação do comando estudantil de greve se reuniu com a comissão de negociação da reitoria UFPR, da qual o reitor Zaki Akel Sobrinho não faz parte. Durante 5 horas, os estudantes explicaram algumas de suas pautas. Segundo a reitoria, elas estavam vagas por não especificar quais laboratórios estão em màs condições, quais departamentos precisam de mais professores e técnicos, quais bibliotecas estão precárias ou quais obras estão inacabadas. Compreendemos essa atitude como uma tentativa de ganhar tempo, visto que é mais fácil apontar quais laboratórios estão em bom estado, que apontar todos que que caem aos pedaços. No curso de Engenharia de Combustíveis, em Palotina, os formandos deixam a Universidade sem ter sequer uma aula prática, o motivo é a falta de laboratórios que atinge os mais diversos setores da Universidade. Na perspectiva da falta de professores e técnicos, voltamos ao mesmo problema. Nossa pergunta é: existe algum setor da Universidade trabalhando com pleno pessoal?

O discurso de seus representantes muito se aproximou da fala demagógica do reitor durante a manhã daquele dia, girando principalmente em torno da necessidade de dialogarmos. Faz-se necessário lembrá-los da natureza de um diálogo, onde os lados apresentam suas propostas. Quando apenas um lado se coloca de forma objetiva, não se caracteriza um diálogo, mas sim um monólogo. E nós não queremos falar com as paredes. Desta forma, afim de elucidar suas reivindicações, evitando falsas polêmicas, a comissão estudantil preparou novo documento com as pautas locais específicas de cada curso. A Reitoria tem prazo para avaliação até segunda feira, 15, à tarde.

Compreendemos a nacionalidade de muitos dos nossos problemas. O corte de verbas do governo para investimentos na educação e na saúde e o congelamento dos gastos com pessoal no serviço público federal, demonstram o caráter das políticas de nosso país. A precarização oriunda do REUNI, o desvio de verba pública para os ricassos da indústria da educação privada via PROUNI e o modelo de prova do ENADE, apenas explicitam que de forma crescente, a educação torna-se direito de uma minoria. Se o reitor se coloca, em palavras, ao lado dos trabalhadores e estudantes pela luta por uma educação pública de qualidade, nós o convidamos a pressionar o governo contra a aprovação do PL 549 (congelamento dos gastos com pessoal), do PL 1749 (privatização dos hospitais universitários) e pelos 10% do PIB para educação pública ao acesso de todos JÁ! Que venha a reitoria da UFPR participar da marcha à Brasilia no dia 24 de agosto!

Um comentário:

  1. na luta não é possível ocupar duas trincheiras!
    Reitor, mostra tua cara!! Todos à Brasília por 10%n do PIB para educação pública, quando? Agora Carajo!!

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