sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Greve paralisa UFPR

Greve de estudantes e indicativo de greve dos professores demonstra descontentamento com o projeto de educação do país





Nessa quinta feira (04/08/11) de inverno curitibano, grandes acontecimentos agitaram o movimento grevista já em curso na UFPR. Primeiro, às 16h aconteceu a assembléia da categoria docente no auditório da Administração no Centro Politécnico, onde, em maioria absoluta os professores votaram indicativo de greve. Segundo o presidente da APUF-PRsind (Associação de Professores Universitários Federais), a pauta dos professores não difere tanto assim da dos servidores. A necessidade urgente de concursos públicos para preenchimento de vagas, o congelamento salarial e a falta de um plano de carreira são as principais reivindicações.

Às 19h, ao som de bateria, os estudantes lotaram as escadarias do DCE e a porta do RU Central. Logo após a breve confraternização, todos sentaram-se, depois de tanto tempo, nas cadeiras do amado restaurante. A Anel, o DCE UFPR e muitos centros acadêmicos - destacando aqui os representantes do Litoral e Palotina - estiveram presentes, realizando falas de apoio à greve. Além de muitas outras que denunciavam o descaso do governo do PT e as precárias condições da educação, não só na UFPR, como em todo o país.

A assembléia teve inicio com a servidora técnica Carla Cobalchini expondo todo o processo de paralisação dos servidores. Na sequência, o professor Luiz Allan, representando o sindicado dos professores, deu a noticia do indicativo de greve docente, justificando suas pautas. Dentre elas, destaca-se a crítica ao REUNI, projeto que foi um dos principais centros de debate dos estudantes, juntamente com o novo PNE (Plano Nacional de Educação), as políticas de cortes de verba do governo e a luta contra qualquer forma de opressão.

Após muitos relatos indo desde falta de professores à aulas no estacionamento por falta de espaço melhor, os estudantes compreenderam que todos os problemas locais de cada curso se uniam com as pautas de melhoria da universidade que os técnicos e professores reinvidicam: o abondono da educação pública, privilegiando a iniciativa privada.

Dos mais de 400 presentes, menos de 5 foram contra a paralisação estudantil. As metas do REUNI - que dobra o número de vagas nas Universidades públicas aumentando a verba repassada em apenas 20% - e do PROUNI - que desvia dinheiro público para os barões da educação - são ampliados no novo PNE. Vale lembrar que o problema da evasão escolar é deixado de lado, ignorando que atualmente somente 4% dos jovens acessam a universidade pública. Devemos lutar contra esse projeto, exigindo o investimento de 10% do PIB pra educação pública, JÁ!

O calendário de greve estudantil já conta com uma reunião aberta do Comando de Greve de estudantes às 19h, que será no 4º andar do DCE para liberar um calendário de atividades para a paralisação e segunda-feira haverá um grande ATO com concentração às 11h na Praça Santos Andrade.


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8h - Passagem em sala no Direito, que está tendo aula e furando a greve - Santos Andrade

10h - Mesa Setor de Jurídicas sobre o Direito de greve - Santos Andrade.

10h - Ato aniversário HC - no Teatro da Reitoria.

14h30 - CEPE / Ato no CEPE - pátio da reitoria

19h - Reunião Comando de Greve - 4º andar do DCE

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