domingo, 28 de agosto de 2011

O Caça Haddad Chega em Brasília



Todo mundo concorda que a educação é fundamental para o desenvolvimento do País. No Brasil, as metas deste setor estratégico são definidas no PNE (Plano Nacional de Educação) de dez em dez anos. O problema é que sem dinheiro o PNE não passa de uma carta de boas intenções. O governo tucano estabeleceu a meta de 7% para 2010, mas o governo do PT chegou mesmo aos 5%. Não bastasse isso, agora o governo Dilma anunciou um corte de R$ 3,1 bi na educação e estabelece que os 7% devem ser alcançados somente em 2020. E enquanto isso se corta impostos das grandes indústrias e sobra dinheiro para a Copa do Mundo e as Olimpíadas.

E infelizmente esse não é o único problema. As metas do PNE não são cumpridas, porque na ação o governo investe dinheiro nas universidade privadas ao invés de investir nas públicas (PROUNI) e quer cumprir as metas de aumento de vagas sem considerar a qualidade de ensino (REUNI). A opção pelo incentivo aos cursos a distância, incluindo aí mestrados e doutorados é exemplo claro de diminuir custos, melhorar índices e formar sem qualidade. O NOSSO LUTO É NA AÇÃO: BRASIL E CHILE DEFENDENDO A EDUCAÇÃO!

Neste contexto, os estudantes que não se venderam para o governo começaram a perseguir o ministro Haddad pelo Brasil para reivindicar 10% do PIB pra Educação Pública Já. "10% Já" porque sabemos que metade do dinheiro é destinado ao pagamento de dívidas aos banqueiros. Dívida esta que já foi paga várias vezes e que só aumenta jogando o dinheiro público no lixo. "Educação Pública" porque entendemos que o Estado não deve usar dinheiro público para financiar e manter instituições particulares enquanto as públicas carecem de infra-estrutura e investimento.

Também houve Caça Haddad em Curitiba. Na Universidade Positivo estava acontecendo um evento internacional de educação e o ministro participou. Não sentiu nenhum problema em prestigiar os ricos pagantes do evento e desconsiderar totalmente que na mesma cidade a UFPR estava em greve geral. Quase fugindo o ministro disse que não entendia o motivo dos estudantes estarem reclamando de alguma coisa e que atenderia todos com muito prazer em Brasília.

O Ministro da Educação declarou que pode ir até a Positivo, mas não para a UFPR. Disse que não é capaz de ir até os revoltados estudantes dos cursos do REUNI e encarar eles e responder frente a frente. Mas no dia 24 de Agosto ele não esperava que os estudantes livres iriam cobrar satisfações no próprio Ministério da Educação e Cultura.


NÃO AO PNE DO GOVERNO!

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