TODO APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO!
Vivemos a maior greve das instituições federais de ensino superior da
última década. A partir do chamado pelo ANDES-SN da greve dos
professores no dia 17 de maio e o indicativo de greve da FASUBRA para
11 de junho, foi uma enxurrada de assembléias massivas e uma após a
outra, as universidades e institutos federais aprovando a greve. Entre
os estudantes, muita solidariedade à greve dos professores e
funcionários. O movimento estudantil brasileiro deve prestar todo o seu
apoio à luta das diferentes categorias em defesa da educação pública,
gratuita e de qualidade. Essa luta também é nossa!
Não é a
toa que vivemos esse período atual de lutas e greves. Só nos últimos 2
anos, o governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação. Ao mesmo
tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação que não resolve o
grande problema da falta de investimento, propondo apenas 7% do PIB só
para 2020.
Nos últimos 5 anos, fruto da implementação do REUNI, as
universidades federais passaram por um processo de expansão que não
veio acompanhado dos recursos necessários, e agora acumularam-se
diversos problemas. Falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes
universitários, moradias, creches universitárias), professores
efetivos, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi, e um
longo etc. Para os trabalhadores das universidades, muita sobrecarga de
trabalho, com salas de aula super-lotadas, professor efetivo
contratado como temporário, escassez das bolsas de pesquisa e extensão,
aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de um plano
de carreira digno.
Em 2007, na forte mobilização nacional
que ocupou diversas reitorias quando o REUNI foi aprovado, os
estudantes alertaram que isso aconteceria. 5 anos depois, essa greve só
comprova a irresponsabilidade da expansão orquestrada pelo governo
federal. Não basta expandir as universidades, é preciso sustentar essa
expansão! Se o governo federal não ampliar de fato o investimento para a
educação, desde as creches públicas, as escolas municipais e
estaduais, até o ensino superior, essa situação nunca irá se
solucionar. Queremos Expansão com 10% do PIB para a Educação!
É
por isso que nós, entidades estudantis abaixo-assinadas, organizamos
esse Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro, declarando “Todo
Apoio à Greve da Educação!” e convocando os estudantes à luta. Enquanto
a juventude está em luta no mundo inteiro, derrubando ditaduras e
enfrentando os efeitos da crise econômica, chegou a hora de da
juventude brasileira também entrar em cena. Vamos defender nossa
educação, pública gratuita e de qualidade, junto com a classe
trabalhadora, pra transformar o Brasil!
Chamamos todas e
todos estudantes para construir uma Marcha Nacional da Educação que
será realizada no dia 5 de junho em Brasília, chamada pela FASUBRA e o
ANDES-SN, que servirá pra pressionar nossos governantes a atender as
reivindicações. E no mesmo dia, fazer a primeira reunião do Comando
Nacional de Greve dos Estudantes, que possa unificar o conjunto do
movimento estudantil e traçar os próximos desafios para nossa
mobilização. Paute na sua entidade e assembléias estudantis e venha se
somar a essa luta!
Assinam esse manifesto:
ANEL, DCE Livre da USP, DCE UFJF, DCE UFRGS
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