Conjuntura Internacional

Resoluções aprovadas no 1º CONGRESSO NACIONAL DA ANEL

Resolução sobre Conjuntura Internacional

1) O internacionalismo marca os 2 anos de desenvolvimento da ANEL. Com presença no ascenso estudantil argentino, tendo uma carta lida na Praça Tahrir e participando na Conferência do Cairo (Egito), a ANEL vem impulsionando o novo movimento estudantil também no que diz respeito à atuação e a solidariedade internacional.

2) A ANEL saúda e se entusiasma com as revoluções no Oriente Médio, que lutam contra as ditaduras e contra as condições sociais que o capitalismo impõe. A mesma onda que derrubou Ben Ali (Tunísia) e Mubarak (Egito), agora se volta contra Kadhafi (Líbia) e Assad (Síria). Por isso, estamos pela vitória do povo e pela queda desses governos, entendendo que tais lutas devem se aprofundar e levar os trabalhadores ao poder e à construção do socialismo. A ANEL continuará apoiando as revoluções no Oriente médio e buscará construir delegações junto com outras entidades do movimento social para apoiar politicamente os processos revolucionários em curso. Apoiamos também a resistência do povo palestino!

A ANEL é contra qualquer tipo de intervenção militar na região. Como a intervenção militar da OTAN na Líbia e as ocupações do imperialismo norte americano no Iraque e Afeganistão. Assim como a recente operação militar americana no Paquistão. Com esta postura, o imperialismo norte americano mostra ao mundo que, apesar da nova cara, segue lançando bombas em troca de petróleo. Foi com essa mesma aparência “democrática” que promoveu prisões políticas no Brasil e no Chile, durante a visita de Obama a esses países. Por isso, não confiamos no governo Obama e não concordamos que o assassinato de Bin Laden tornou o mundo mais seguro.

3) Ao mesmo tempo, aprofunda-se a crise econômica européia. As mobilizações da juventude na Espanha, Portugal e Grécia mostram a resistência da juventude aos ataques contra os trabalhadores e a juventude. A ANEL é contrária a qualquer plano de redução de salários e direitos, como os de Merkel, Sócrates e Sarkozy. Estamos com os trabalhadores e jovens europeus e imigrantes na luta para que os efeitos da crise recaiam sobre os lucros das empresas e bancos, não sobre os trabalhadores.

4) Precisamos fortalecer as lutas dos trabalhadores latino-americanos. Mesmo os governos que dizem defender os trabalhadores, como Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa, seguem fiéis aos interesses imperialistas na região. A ANEL não confia nesses governos e aposta na mobilização direta dos trabalhadores para a defesa de seus recursos naturais, de seus direitos e de uma vida digna.

5) O Haiti sofre há 7 anos com a intervenção militar liderada pelo Exército brasileiro e há décadas com a pilhagem e saque de recursos e exploração da mão de obra negra do país. Lutamos incondicionalmente pela retirada imediata das tropas da ONU da região. Com essa perspectiva, a ANEL foi a única entidade estudantil nacional que organizou uma campanha de solidariedade ao povo haitiano diante do terremoto.

6) Solidariedade a luta dos trabalhadores cubanos que estão sofrendo ataques como o plano de 500 mil demissões anunciados este ano, desemprego em massa e precarização das condições de vida.

7) Portanto, o 1º Congresso da ANEL resolve:
a) que a ANEL aprofunde laços internacionais com organizações estudantis combativas e classistas.
b) definir um responsável por relações internacionais na CEN.
c) garantir o envolvimento da ANEL nas iniciativas internacionais da CSP Conlutas.