terça-feira, 29 de maio de 2012

ESTUDANTES DA UFPR EM GREVE!

GREVE ESTUDANTIL É APROVADA NA UFPR POR AMPLA MAIORIA DA ASSEMBLEIA DOS ESTUDANTES!


Reunidos no pátio da Reitoria da UFPR, os estudantes aprovaram greve estudantil, cantando a palavra-de-ordem "UFPR TOCANDO O TERROR, É GREVE DE ESTUDANTE, SERVIDOR E PROFESSOR!". 


Os estudantes deixaram claro em suas falas que o problema é a falta de infra-estrutura, é a qualidade de ensino, é o ataque do governo ao tripé ensino-pesquisa-extensão, é a privatização dos serviços públicos, é a política de expansão da universidade sem investimento em educação, é o REUNI. Também colocaram que um dos mais graves problemas é a opressão e a violência contra as mulheres, o machismo.

Apesar da UNE tentar transformar a luta por paridade qualificada nas eleições para reitoria e conselhos universitários como principal necessidade da nossa universidade, a maioria não aprovou tamanha ênfase a isto. Afinal, uma eleição mais justa não mudaria substancialmente nada por si só.

Agora é necessário fazer a greve! Greve não é ficar em casa, é buscar apoio da sociedade na rua! É construir os comandos de mobilização locais, é unificar de fato as três categorias, por isso, aprovamos como encaminhamento da assembleia um comando unificado de negociação. Importante também será a unificação das três categorias em Brasília. Os professores e os técnicos possuem articulação nacional, nós precisamos construir o Comando Nacional de Greve dos Estudantes.

Para mudar de fato a realidade da educação pública brasileira e de nossa universidade só há um caminho: enfrentar o descaso do governo e o PNE (Plano Nacional de Educação). Por isso, a ANEL, em conjunto com o ANDES-SN e a FASUBRA, chamam todas e todos para Marcha Nacional pela Educação, dia 5 de Junho em Brasília! 

Aqui na UFPR, estamos construindo o Comando Local de Greve junto com outros coletivos e estudantes. Participe você também! As reuniões são feitas no 4º andar do DCE todas segundas e quintas-feiras às 19h.


NÃO SOU CAPACHO DO GOVERNO FEDERAL, 
SOU ESTUDANTE LIVRE DA ASSEMBLEIA NACIONAL!

É HOJE!

Estudantes da UFPR, hoje às 19h no Pátio da Reitoria acontecerá a Assembleia Geral de Estudantes.
Na primeira assembleia aprovamos total apoio à greve dos professores que lutam em defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade.
Agora, debateremos as assembleias que foram realizadas nos cursos e se nós, estudantes, entraremos em greve para lutar por nossos direitos e em defesa de uma expansão com qualidade!
É fundamental a participação de todas e todos para fazermos um movimento estudantil democrático e combativo!
A ANEL estará presente, esperamos você lá! ;)


segunda-feira, 28 de maio de 2012

Rumo a Brasília



FASUBRA E ANDES-SN CHAMAM A MARCHA NACIONAL DA EDUCAÇÃO
DIA 5 DE JUNHO, EM BRASÍLIA

RUMO A CONSTRUÇÃO DO COMANDO NACIONAL DE GREVE DOS ESTUDANTES!
"ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO! EU QUERO 10% DO PIB PRA EDUCAÇÃO!"

domingo, 27 de maio de 2012

Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro

TODO APOIO À GREVE DA EDUCAÇÃO!

Vivemos a maior greve das instituições federais de ensino superior da última década. A partir do chamado pelo ANDES-SN da greve dos professores no dia 17 de maio e o indicativo de greve da FASUBRA para 11 de junho, foi uma enxurrada de assembléias massivas e uma após a outra, as universidades e institutos federais aprovando a greve. Entre os estudantes, muita solidariedade à greve dos professores e funcionários. O movimento estudantil brasileiro deve prestar todo o seu apoio à luta das diferentes categorias em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Essa luta também é nossa!

Não é a toa que vivemos esse período atual de lutas e greves. Só nos últimos 2 anos, o governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação. Ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação que não resolve o grande problema da falta de investimento, propondo apenas 7% do PIB só para 2020.

Nos últimos 5 anos, fruto da implementação do REUNI, as universidades federais passaram por um processo de expansão que não veio acompanhado dos recursos necessários, e agora acumularam-se diversos problemas. Falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários, moradias, creches universitárias), professores efetivos, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi, e um longo etc. Para os trabalhadores das universidades, muita sobrecarga de trabalho, com salas de aula super-lotadas, professor efetivo contratado como temporário, escassez das bolsas de pesquisa e extensão, aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de um plano de carreira digno.

Em 2007, na forte mobilização nacional que ocupou diversas reitorias quando o REUNI foi aprovado, os estudantes alertaram que isso aconteceria. 5 anos depois, essa greve só comprova a irresponsabilidade da expansão orquestrada pelo governo federal. Não basta expandir as universidades, é preciso sustentar essa expansão! Se o governo federal não ampliar de fato o investimento para a educação, desde as creches públicas, as escolas municipais e estaduais, até o ensino superior, essa situação nunca irá se solucionar. Queremos Expansão com 10% do PIB para a Educação!

É por isso que nós, entidades estudantis abaixo-assinadas, organizamos esse Manifesto do Movimento Estudantil Brasileiro, declarando “Todo Apoio à Greve da Educação!” e convocando os estudantes à luta. Enquanto a juventude está em luta no mundo inteiro, derrubando ditaduras e enfrentando os efeitos da crise econômica, chegou a hora de da juventude brasileira também entrar em cena. Vamos defender nossa educação, pública gratuita e de qualidade, junto com a classe trabalhadora, pra transformar o Brasil! 

Chamamos todas e todos estudantes para construir uma Marcha Nacional da Educação que será realizada no dia 5 de junho em Brasília, chamada pela FASUBRA e o ANDES-SN, que servirá pra pressionar nossos governantes a atender as reivindicações. E no mesmo dia, fazer a primeira reunião do Comando Nacional de Greve dos Estudantes, que possa unificar o conjunto do movimento estudantil e traçar os próximos desafios para nossa mobilização. Paute na sua entidade e assembléias estudantis e venha se somar a essa luta!

Assinam esse manifesto:

ANEL, DCE Livre da USP, DCE UFJF, DCE UFRGS


domingo, 20 de maio de 2012

Pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes!

Declaração da ANEL de apoio à greve das IFES e pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes

 
“...Não aceiteis o que é de hábito como coisa natural,
Pois em tempo de desordem sangrenta,
De confusão organizada,
De arbitrariedade consciente,
De humanidade desumanizada,
Nada deve parecer natural,
Nada deve parecer impossível de mudar.”
 Bertolt Brecht

Através desta declaração, a ANEL presta seu total e irrestrito apoio à greve dos docentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Pela justeza de suas reivindicações e a força de sua mobilização, nos somamos às assembléias e comandos de greve e convocamos todos os estudantes a também se levantar, em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, e de uma expansão com 10% do PIB para a educação. Essa luta é de todos nós, trabalhadores e estudantes brasileiros.

A força da greve é impressionante. Até o momento, já são 45 IFES que aprovaram parar, sendo 41 universidades e 4 institutos. Além destas, há diversos informes de assembléias que serão realizadas nos próximos dias para deliberar sobre a greve. De acordo com Pires, 2º vice-presidente da Regional Rio Grande do Sul do ANDES-SN: “Quem estava em dúvida se era oportuno entrar na greve, agora, devido à força inicial, tem decidido pela paralisação”. De acordo com a nota oficial do Comando Nacional de Greve: “são muitos os relatos de assembléias e atos públicos considerados históricos pelo número de participantes, qualidade dos debates e entusiasmo. A greve se mostra forte desde o início e o conjunto de informações indicam que o movimento se ampliará ainda mais nos próximos dias.” Não é nenhum exagero afirmar que este movimento grevista de 2012 deverá superar a histórica greve de 2001.

Veja as IFES que já aprovaram a greve

Já estão em greve: UFAM, UFPA, UFRA, UFOPA, UNIFAP, UNIR, UFRR, UFAC, UFMA, UFPI, IFPI, UFPB, UFCG, UFAL, UFPE, UFRPE, UFS, UFERSA, IFC, UNIVASF, UFMT, UFG campus catalão, UFGD, UFOP, CEFET/MG, CTU/JF, UFLA, UNIFAL, UFV, UFU, UFVJM, UFSJ, UFTM, UFES, UNIPAMPA, FURG, UFPEL, UFPR, UTFPR.
  
Entra na segunda (21/05): UFRB, UnB, UFJF, UniRio, UFRRJ. 
Entra na terça (22/05): UFF.

Entenda por que os professores entraram em greve

Quando um estudante se depara com a situação dos seus professores pararem as aulas para fazer greve, muitas vezes a reação imediata é questionar, já que estaria prejudicando as suas aulas. Contra essa reação, a ANEL alerta: a culpa de estarmos sem aulas é do governo federal, e não dos professores em greve, e nas próximas linhas explicitaremos o porquê.

Em 2011, no ano passado, o ANDES-SN fechou um acordo com o governo federal que incluía reestruturação da carreira docente, valorização do piso e incorporação das gratificações, o que ficou chamado de “Acordo 04/2011”. Como explicitava a ‘cláusula III’ do acordo, “a representação governamental adotará as providências necessárias para que os efeitos financeiros das medidas previstas nesta cláusula sejam implementados em março de 2012”. Já estamos em maio e o acordo foi descumprido.

Diante da ameaça de greve, o governo apresentou no dia 14 de maio a Medida Provisória 568/12, que inclui parte do acordo firmado ano passado (reajuste de 4%) e mais uma série de elementos bastante polêmicos. Sequer contempla a principal reivindicação relativa à reestruturação da carreira docente, o que foi o motivo fundamental da deflagração da greve. Fica claro que foi uma jogada política para buscar desarticular a greve, mas os professores que não são bobos nem nada, não caíram nessa.

A MP 568/12 transforma os adicionais de insalubridade e periculosidade em valores fixos, ao invés de serem por porcentagem (como funciona hoje). Além de ter fixado os valores nivelando por baixo, retira a possibilidade de reajuste dos adicionais, já que sendo fixos não poderiam sofrer alterações. Além disso, reduz quase que pela metade o salário dos médicos dos Hospitais Universitários. Como se não bastasse apresentar o projeto da EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – para ser votado nos Conselhos Universitários, que avança na privatização dos HUs, ainda diminui a valorização do trabalho dos médicos. É preciso exigir ao governo que retire já essa MP e negocie com o Comando de Greve, atendendo suas reivindicações. Até agora, o governo Dilma se mostrou intransigente ao diálogo.

Para os técnico-administrativos, de acordo com a FASUBRA, a pauta tem como eixos fundamentais: aumento do piso salarial, solução das pendências na carreira, reposicionamento dos aposentados, reajuste salarial de 22,08% (com reposição da inflação de 2010 e 2011), data base dia 1º de maio, definição de uma política salarial digna para os trabalhadores do serviço público.

Há, no entanto, um elemento extremamente potencializador das revoltas entre os docentes e técnico-administrativos, que não se traduz exatamente por essas reivindicações. Nos últimos anos, acumulou-se uma condição cada vez mais precária de trabalho nas universidades, e é impossível não identificar essa situação com o processo de expansão desordenado e sem recursos promovido pelo governo federal através do REUNI.  
                  
A expansão deve ter direito à qualidade!

Imagine um balão de ar. Na medida em que você assopra mais, ele vai crescendo. Por conta do limite da sua elasticidade, para seguir soprando e o fazer ficar ainda maior, ou você compra outro, mais largo e com uma borracha mais resistente, ou inevitavelmente ele vai estourar. A partir desta metáfora, é possível compreender o que se passa nas universidades e institutos federais com um processo de expansão que, nos últimos 5 anos, foi feito sem o aumento necessário de verbas. É um absurdo que cerca de apenas 4% da juventude brasileira tenha acesso às universidades públicas, portanto a expansão das vagas é extremamente necessária. Para se fazer isso com qualidade, porém, é necessário tratar com prioridade e investir os recursos necessários, e não foi isso que o REUNI fez.

O REUNI – Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – o conhecido decreto 6096 instaurado pelo governo Lula em 24 de abril de 2007, buscava impor centralmente duas metas para as universidades federais, que propunham quase dobrar o número de alunos pro professor e praticamente atingir a aprovação automática, contidas em seu artigo 1º:

“§ 1o  O Programa tem como meta global a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para noventa por cento e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor para dezoito, ao final de cinco anos, a contar do início de cada plano.”

Para atingir as metas, o decreto apontava, entre outras questões, uma “revisão da estrutura acadêmica” e a “diversificação das modalidades de graduação” (artigo 2º, diretrizes III e IV). Tratava-se da reestruturação completa dos currículos, da abertura de novos cursos de graduação com carga horária e determinação profissional mais enxuta e flexível, além de avançar para a construção dos chamados “Bacharelados Interdisciplinares”.

O REUNI promoveu um aligeiramento dos currículos e um processo crescente de substituição dos cursos profissionalizantes ou criação de novos “tecnólogos”, com a simplificação das graduações. Ou seja, a universidade pública perde a qualidade no ensino que apesar de todas as desigualdades ainda conseguia resistir e passa por uma metamorfose para transformar-se em um grande “escolão de 3º grau”. O governo federal trabalhou com números e estatísticas, e não estudantes que seriam futuros profissionais de qualidade, e assim tenta nos impor uma formação barata para cumprir papel de mão-de-obra de baixa qualificação e ocupar postos de trabalho precarizados.

Para viabilizar a implementação do projeto financeiramente, as universidades federais receberiam um “incentivo”, expresso no artigo 3º do decreto:

“§ 1o  O acréscimo de recursos referido no inciso III será limitado a vinte por cento das despesas de custeio e pessoal da universidade, no período de cinco anos de que trata o art. 1o, § 1o.”

O decreto apontava ainda, no mesmo artigo, que a expansão deveria garantir:

“I - construção e readequação de infra-estrutura e equipamentos necessárias à realização dos objetivos do Programa;
II - compra de bens e serviços necessários ao funcionamento dos novos regimes acadêmicos; e
III - despesas de custeio e pessoal associadas à expansão das atividades decorrentes do plano de reestruturação.”

Os cinco anos que aborda o decreto passaram, e agora temos o dever de questionar:

As universidades federais que viveram o REUNI receberam o investimento necessário?
Os três pontos acima relatados no decreto foram respeitados pelo governo federal?
Foi preservado o tripé ensino-pesquisa-extensão?
Em base a que condições de trabalho para professores e funcionários o projeto foi implementado?
Foi garantida a assistência estudantil necessária para a permanência na universidade?
Foi garantido o caráter público e gratuito sem avançar as parcerias público-privadas?
Qual a situação que encontramos atualmente em cada universidade, passada a experiência da expansão e da reestruturação acadêmica?

Há cinco anos, os estudantes lutaram, ocuparam reitorias em todo o país, dizendo que não bastava expandir, mas que era preciso fazer isso sobre outra lógica e com mais investimentos. Hoje, os problemas que foram alertados há 5 anos atrás se tornaram realidade. Acreditamos que a atual greve é a resposta mais contundente a todas essas perguntas: sem condições mínimas que subsidiassem uma expansão com qualidade, o balão estorou.

A difícil realidade das universidades federais e da educação pública brasileira

 Só nos últimos 2 anos, governo Dilma cortou quase R$5 bilhões da educação, e ao mesmo tempo, apresentou o novo Plano Nacional da Educação. Este Plano, além de aprofundar as medidas de transferência da verba pública para o setor privado e avançar na precarização da educação, não resolve o problema fundamental que vivem as universidades e escolas: a falta de financiamento. Propõe na meta 20 do PNE o aumento para 7% do PIB em educação, a ser atingido só em 2020! E pra piorar, incorpora através da meta 12 do PNE as metas do REUNI, transformando-as em política de estado e estendendo a todos os níveis de educação e também às instituições estaduais e particulares. Se a situação já estava feia, se depender do governo pode ficar ainda pior nos próximos anos.

Se levarmos em conta ainda a situação da escola e creches públicas, tanto as federais, estaduais e municipais, vemos que o problema começa desde a base. Os professores sequer têm direito ao piso nacional salarial, e pelos miseráveis salários que recebem tem que pegar mais de uma matrícula e uma grande sobrecarga de trabalho, para conseguirem manter suas famílias. A falta das condições básicas de trabalho, muitas vezes sem carteiras suficientes nas salas, ou giz nos quadros negros, e ainda a pouquíssima assistência estudantil deixa claro a situação de precarização. Não é a toa que o Brasil está colocado nos piores índices educacionais no mundo, o que entra em choque com a posição de 6ª maior economia do mundo. A quem está a serviço este crescimento econômico, se não está para o povo?

Atualmente, a realidade de um estudante, professor ou funcionário de uma universidade federal não é muito diferente, e nos deparamos com inúmeros problemas cotidianos. Seguem alguns listados abaixo.

Entre os problemas envolvendo a assistência estudantil:
- Restaurantes Universitários que não comportam a demanda e fazer surgir filas cada vez maiores.
- Moradias que passam longe de comportar a demanda e muitos abandonam os estudos por morar muito longe e pela impossibilidade de pagar um aluguel num local mais próximo, ainda mais com a especulação imobiliária crescente que atinge muitas capitais.
- Bolsas insuficientes e sem reajuste, que sequer dão conta dos gastos mais básicos (xerox, transporte, alimentação).
- Falta de creches universitárias para mães estudantes, que acabam por atrasar muito ou abandonar sua formação universitária.

Entre os problemas acadêmicos:
- Salas de aula super-lotadas.
- Enorme falta de professores, com muitas disciplinas que passam o semestre todo nessa condição.
- Aumento dos professores temporários ou substitutos em detrimento dos efetivos de dedicação profissional.
- Aumento de até 40% das horas-aula para os professores, diretamente ligado à redução de projetos e bolsas de pesquisa e extensão.
- Laboratórios científicos e de informática sem equipamentos suficientes ou qualquer renovação que busque a atualização tecnológica.
- Bibliotecas defasadas, com livros mal conservados e poucas unidades que dêem conta da demanda.

Entre os problemas de infra-estrutura e segurança:
- Obras não finalizadas, e a conseqüente falta de prédios e salas de aula que comportem a parte acadêmica e administrativa dos cursos novos, especialmente nos campi do interior.
- Má conservação dos prédios e laboratórios, que geram incêndios, queda de parte da estrutura, mofo, insalubridade.
- Falta de bebedouros.
- Falta de condições mínimas de higiene nos banheiros e pouca quantidade para suportar a demanda.
- Falta de segurança nos campi, pela pouca iluminação e lugares desertos, sem guardas universitários, o que é o responsável muitas vezes pelos casos de estupro às mulheres estudantes.
- Falta de adaptação dos prédios para garantir a acessibilidades aos estudantes que necessitarem.

É um absurdo que o governo Dilma deixe a educação pública brasileira sob essas condições. Elegeu-se com a confiança dos brasileiros de que a educação seria uma prioridade em seu governo, e o que dá em troca é isso? A única forma de resolver esse problema é através da luta, das mobilizações, protestos de rua, ocupações de reitoria e greves. Ao longo da história do nosso país, só conseguimos avançar em direitos e soluções aos problemas sociais com muita luta! Em 2012, também não será diferente.

Espelhados na juventude árabe, européia e chilena, é hora da juventude brasileira entrar em ação!

Neste movimento grevista que se iniciou com a paralisação dos docentes, a resposta dos estudantes têm sido muito positiva. Tanto pela solidariedade aos nossos mestres, quanto pelas nossas próprias reivindicações, os estudantes têm organizado grandes assembléias, aulas públicas, protestos de rua e inclusive, aprovado greve estudantil. Já são pelo menos 16 IFES, entre universidades e institutos, que já decretaram greve estudantil geral ou alguns cursos. E esse número, na medida que a luta avança, tende a aumentar rapidamente.

Aqui é preciso fazer uma reflexão. Estamos diante de uma luta de proporções enormes, que com certeza entrará pra história do nosso país. A entidade responsável em articular e desenvolver lutas estudantis deste porte ao longo da história do Brasil foi a União Nacional dos Estudantes. Porém, atualmente, a UNE será capaz de cumprir esse papel? Nós afirmamos categoricamente que não.

A UNE de hoje em dia está completamente vendida para o governo federal. Não é a toa que apóia este novo PNE, que se calou diante dos cortes para educação e perdeu completamente a independência, política e financeira, diante do governo e reitorias pelo país. Agora, neste momento de greve, não aparecem nas assembléias e ignoram a forte luta estudantil que está se gestando, publicando uma breve nota em seu site que apenas faz menção à greve docente e sequer explicita suas verdadeiras razões, preservando o governo. Está claro que para desenvolver e potencializar esse processo, levando-o a uma vitória, não poderemos contar com a UNE. Pelo contrário, iremos até em alguns casos nos enfrentar contra ela no calor das lutas, assim como foi em 2007.

Apesar disso, é extremamente fundamental que os diferentes DCEs, Executivas de Curso, Centros e Diretórios Acadêmicos e Grêmios, tenham uma articulação nacional. Nós da ANEL estamos fazendo desde já essa batalha. Em cada universidade e escola, intervindo nas assembléias, atos e comandos de greve, buscamos a unificação nacional deste processo, política e organizativamente. Desde já, convidamos todos os lutadores para a nossa VI Assembléia Nacional, que deverá ser um desaguadouro natural de todo o processo de mobilização, reunindo centenas de estudantes no dia 16 de junho, no Rio de Janeiro. É em momentos de luta nacional como esse que fica ainda mais evidente, por um lado, a falência da UNE, e por outro, a necessidade de uma entidade nacional dos estudantes. A ANEL tem intervido nesse sentido desde junho de 2009, e chamado à unidade o movimento estudantil independente.

Pela construção do Comando Nacional de Greve dos Estudantes!        

Agora, mais ainda, é preciso unificar o conjunto do movimento estudantil. É nesse sentido que a ANEL tomou a iniciativa de lançar o “MANIFESTO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO”, para que seja assinado pelos diversos DCEs e entidades estudantis do país. Este Manifesto, além de prestar todo o apoio à greve da educação, convoca todos e todas à Marcha Nacional pela Educação no dia 5 de junho, que já está sendo convocada pela FASUBRA e pelo ANDES-SN, e a instalação nesta mesma data do COMANDO NACIONAL DE GREVE DOS ESTUDANTES. Com a presença das principais entidades estudantis, este Comando deve ser nosso principal instrumento para articular, organizar e potencializar a mobilização dos estudantes.

Enquanto assistimos ansiosos o desenrolar das revoluções e lutas no Norte da África, Oriente Médio, Europa, Chile, EUA, Canadá, começamos a desenvolver o que pode vir a ser a explosão da juventude brasileira. Em meio a uma crise econômica mundial, que trará profundas transformações ao mundo que vivemos, nós, com a força do movimento estudantil brasileiro, podemos interferir na mudança do Brasil e do Mundo. Parece utópico? Uma greve com quase 50 instituições federais paradas também parecia, há poucos dias atrás.

A ANEL chama todos os estudantes brasileiros à luta: tomemos o leme em nossas mãos e vamos às ruas fazer história! Como diziam os estudantes em maio de 68: sejamos realistas, façamos o impossível!

segunda-feira, 14 de maio de 2012

É amanhã... Assembleia Geral de Estudantes da UFPR


A ANEL convida a todas e todos estudantes da Universidade Federal do Paraná a comparecerem na Assembleia Geral. Abaixo o cartaz de divulgação.



sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dia 16 é o dia da VIRADA NA PUCPR!

Não é um tabu é uma REALIDADE!

DIA 16 É DIA DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA NA PUC!



No dia 16 de Maio, às 17h45 em frente ao Portal Principal da PUCPR poderá ser um dia marcado por uma grande luta contra a homofobia, a ANEL estará presente e levará suas bandeiras e seu programa de luta contra todas as formas de opressão. Por isso fazemos um chamado a você que não acha normal uma pessoa ser discriminada por sua orientação sexual, que não aguenta mais, Bolsonaro's, Malafaia's, e tantos outros preconceituosos disseminando ódio e intolerância, que nada faz do que justificar atrocidades, como lâmpadas quebradas em cima de gays, de incitação ao estupro corretivo em lésbicas e tantas outras leviandades que ocorrem contra os LGBT's. NOSSA INDIGNAÇÃO TEM QUE SER MATERIALIZADA EM AÇÃO! 

DIA 16 DE MAIO, É DIA DE BEIJAÇO CONTRA O PRECONTEITO!


Abaixo reproduzimos o texto de convocação do ato escrito por diversas organizações e a programação do dia:

Nós, gays, lésbicas, heteros, transgêneros, travestis, mulheres e homens que não concordam com a discriminação por orientação sexual, queremos fazer um convite a você para transformarmos a PUCPR em um espaço contra o preconceito e todo o tipo de discriminação e violência..

Nos últimos tempos, temos assistido a uma onda de violência e ações contra o público LGBT em episódios cuja frequência e gravidade exigem de todxs uma reação à altura. A lista parece não ter fim: manifestações públicas de grupos neonazistas, de políticos conservadores, religiosos, lâmpadas estouradas no rosto de homossexuais, soco inglês e até bombas caseiras. Na semana passada um professor repreendeu um casal de lésbicas no bloco amarelo da PUCPR, por estarem abraçadas. A justificativa?

A PUC é um espaço religioso, portanto não seria lugar para aquela demonstração de afeto. Ora, a PUC é uma universidade que recebe investimentos públicos em que estudam judeus, católicos, evangélicos, umbandistas, gays, heteros, lésbicas, e pessoas de diversas orientações. Isso tudo, no entanto, é apenas a ponta de um verdadeiro “iceberg”, já que existem tantos outros casos que se perdem no silêncio cotidiano, em um país que é um dos campeões em violência contra LGBTs e mulheres, cujo Governo (DILMA/PT) para defender um corrupto (Palocci), vetou a cartilha anti-homofobia que poderia ser uma arma poderosa na luta contra o preconceito nas escolas, dentre tantos outros vetos e censuras aplicadas pelo governo que retrocedem na luta contra a discriminação.

Nossa maior ameaça é o silêncio, o medo. E contra isso, podemos cumprir um papel muito importante. Não podemos aceitar que em um ambiente acadêmico, onde deveria existir o respeito e a liberdade de expressão, se torne um lugar de intolerância e ódio às diferenças. Queremos um mundo onde sejamos ‘’socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres’’!

É hora da Virada contra o preconceito, chega de Homofobia! Basta de Violência! Basta de Silêncio! Basta de Impunidade!

Programação:

Dia 15: Oficina de Stencil e Cartazes para o Ato! Às 17h30 na Concha Acustica da PUC.

Dia 16 de Maio
Às 17h45 horas - Ato e Beijaço!
18h30 - FlashMob em frente ao auditório Tristão de Athaide - Bloco Amarelo
19h: Mesa com Bruna Ornelas (ANEL) e Xênia Mello (Movimento Feminista e do PSOL)

Dia 16 é dia da VIRADA!

quarta-feira, 9 de maio de 2012

2º UFPR Fora do Armário

Participe do II UFPR Fora do Armário!


A Universidade Federal do Paraná, com o apoio da ANEL-Curitiba e de diversas organizações que militam pela causa dos direitos da comunidades de LGBTs, sediará o II Seminário UFPR Fora do Armário. Serão debatidos diversos temas que abarcam as questões relativas à identidade de gênero e à orientação sexual. O evento ocorrerá entre os dias 9 e 10 de maio (quarta e quinta feira).

No evento a ANEL estará divulgando sua Cartilha LGBT de luta contra contra o preconceito.

Confira abaixo o calendário de atividades.
Local: Prédio Histórico – Praça Santos Andrade

Data: 9 DE MAIO (QUARTA)
Horário: 19h
Mesa: Homo/Lesbo/Transfobia e Racismo

Data: 10 DE MAIO (QUINTA)
Horário: 9h
Mesa: Transexualidade e Travestilidade
Horário: 19h
Mesa: Lesbianidade, Gênero e Feminismo.

ANEL na luta contra o preconceito na PUCPR!

ANEL, movimentos estudantis e sociais repudiam agressão lesbofóbica na PUCPR


A ANEL-Curitiba ao lado de outros movimentos assinou no ultimo dia 8, uma moção de repúdio a agressão lesbofóbica ocorrida na PUC do Paraná. A ANEL junto com diversos coletivos e movimentos também faz um chamado a todos participarem do DIA DA VIRADA CONTRA A HOMOFOBIA NA PUCPR, que ocorrerá no próximo dia 16, quarta-feira, no Campus Curitiba, da PUC, com várias atividades. (Mais informações em breve)


 Segue abaixo a nota:

Moção de Repúdio a agressão lesbofóbica sofrida por estudantes da PUCPR

Viemos, através desta, expressar nosso profundo repúdio a agressão homofobica sofrida pelas estudantes dos cursos de Sociologia e Serviço Social da PUC do Paraná, por um Profº, que identificou-se como Wesley Santana. Na ocasião do fato, o citado abordou as estudantes de forma grosseira, solicitando o nome das mesmas e afirmando o mesmo não aceitava esse tipo de atitude dentro da instituição (a atitude a qual ele se referia era as estudantes estarem de mãos dadas no corredor da Escola de Educação e Humanidades da PUCPR). É inadmissível que essas situações ocorram no interior de uma universidade, a qual deve ser um espaço de promoção do conhecimento e do respeito as diversidades. A homofobia, bem como o racismo e o machismo, são males que a cada dia fazem mais vitimas em todo o mundo, sendo o nosso país campeão de agressão a LGBTT’S e a mulheres, por isso não podemos aceitar que manifestações como a que ocorreu na PUCPR continuem ocorrendo. Por fim expressamos nossa total solidariedade as estudantes, e fazemos um chamado a todas organizações a se manifestarem sua indignação ao ocorrido, e que a Reitoria da universidade abra uma sindicância para apurar o caso. ‘’A nossa luta é todo o dia, contra o machismo, o racismo e a homofobia’’.

Curitiba, 08 de Maio de 2012.

ANEL – Assembleia Nacional de Estudantes Livre
CAASO PUCPR – Centro Acadêmico Autônomo de Sociologia
CAEF UFPR – Centro Acadêmico de Educação Física
CSP - Conlutas - Central Sindical e Popular
CALET UTFPR – Centro Acadêmico de Letras
CASS PUCPR – Centro Acadêmico de Serviço Social
CACS - Centro Acadêmico de Ciências Sociais - UFPR
Dente de Leão Coletivo de Cidadania e Direitos Humanos
MARCHA DAS VADIAS/Curitiba
CACOM - Centro Acadêmico de Comunicação Social da PUCPR
REGEDI - Grupo de estudos de gênero e diversidade, da UFPR - setor Litoral
DCE EMBAP – Diretório Central de Estudantes da Escola de Música e Belas Artes do Paraná
ENESSO – Executiva Nacional d@s Estudantes de Serviço Social
LPJ – Levante Popular da Juventude
PSOL – Partido Socialismo e Liberdade
PSTU - Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Repúdio a Agressão Homofóbica na PUCPR

A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre, e a CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular) por meio de seu 1º Congresso Nacional, vem por meio deste, expressar seu profundo repúdio a agressão homofóbica sofrida pelas estudantes dos cursos de Sociologia e Serviço Social da PUC do Paraná, pelo homofóbico Professor de Química, Wesley Santanna.

É inadmissível que situações dessas ocorram no interior de uma universidade que deve ser um espaço de promoção do conhecimento e do respeito às diversidades independente de seu caráter.

A homofobia, assim como o racismo, e o machismo são males que a cada dia fazem mais vítimas em todo o mundo, nosso país é campeão de agressão a LGBTT's e a mulheres, por isso não podemos aceitar que manifestações como a que ocorreu na PUCPR continue ocorrendo.

Por fim expressamos nossa total solidariedade as estudantes, e fazemos um chamado a todas as organizações a manifestarem sua indignação ao ocorrido, e que a Reitoria da universidade abra uma sindicância para apurar o caso.

"A nossa luta é todo dia, contra o machismo, o racismo e a homofobia"


Sumaré, SP, 30 de Abril de 2012.

CSP-Conlutas
ANEL